UM POUCO DE HISTÓRIA DOS TEMPOS TENEBROSOS DOS MILITARES COMANDANDO A GCM DE RIBEIRÃO PRETO.
O NOSSO GRUPO JÁ DEFENDIA A CATEGORIA SEM MEDO E COM A CARA E A CORAGEM.
MAS HÁ DE RESSALTAR QUE NAQUELE TEMPO EXISTIA UMA DIRETORIA DO SINDICATO QUE PENSAVA NO SERVIDOR E NÃO NO SEU DINHEIRO!
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u64760.shtml
14/12/2002 - 14h25
Sem porte de arma, Guarda pára ronda no interior de São Paulo
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha Ribeirão
As rondas em postos de saúde, escolas e em bairros periféricos de Ribeirão Preto (314 km de SP) foram suspensas pela Guarda Civil Municipal em razão de os portes de arma da corporação estarem vencidos por problemas burocráticos.
O armamento dos 135 homens e mulheres foi recolhido na noite de anteontem por determinação da administração municipal. Os guardas foram retirados das "áreas de risco" e colocados no quadrilátero central, Parque Curupira e Bosque Municipal. O efetivo da GCM é de 212 pessoas.
A decisão foi tomada após a reportagem da Folha questionar a administração e as polícias Civil e Militar sobre o uso dos revólveres sem o porte.
O documento _obrigatório por lei_ está vencido há pelo menos três meses.
Na manhã de ontem, os guardas protestaram diante da sede da corporação pedindo a devolução das armas, para retomar o policiamento. Eles querem a exoneração do superintendente da Guarda, Carlos Adelmar Ferreira.
A Folha apurou que Ferreira deve mesmo sair, já que o episódio deixou a cúpula da prefeitura irritada. A queda não deve ocorrer de imediato.
O prefeito de Ribeirão Preto, Gilberto Maggioni (PM N), e o secretário do Governo, Newton Mendes Garcia, afirmaram que a saída do superintendente não está em discussão e provavelmente não deverá ocorrer.
De acordo com a Polícia Civil, responsável pela emissão do porte, as autorizações não foram renovadas porque a administração da guarda não apresentou todos os documentos necessários.
A prefeitura informou ontem que estava providenciando a última exigência, que era a autenticação das carteiras de identidade dos guardas. Até o fim da tarde, os papéis não haviam sido entregues à Polícia Civil, segundo Oliveira.
O comando do Polícia Militar informou ontem que nenhum esquema especial foi montado em razão da paralisação da guarda.
O superintendente da Guarda foi procurado pela Folha por dois dias seguidos para comentar o assunto, mas não foi localizado.
Disputa
O impasse para a emissão de um novo porte de arma aos guardas é visto pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão como o resultado de uma disputa entre as polícias Civil e Militar pelo comando da corporação.
"Pelo que estão dizendo, a Polícia Civil quer o comando da Guarda. Querem colocar um delegado como superintendente. Eles ficam nessa briga e quem sofre é o trabalhador", disse o diretor do sindicato e membro da Guarda, Alexandre Pastova.
O superintendente da GCM é o coronel da reserva da Polícia Militar Carlos Adelmar Ferreira, que assumiu o cargo em 2001.
O delegado seccional de Ribeirão, José Manoel de Oliveira, disse que considera "um absurdo" as afirmações do servidor. O prefeito Gilberto Maggioni e o secretário de Governo, Newton Mendes Garcia, negaram que haja interesse em substituir Ferreira.
Folha Online - Cotidiano - Sem porte de arma, Guarda pára ronda no interior de São Paulo - 14/12/200
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